A quem pertence a empresa Verde Alagoas, que vem aterrorizando a vida dos alagoanos e ninguém toma providência? Essa é a principal pergunta dos moradores do Distrito de São Bento, em Maragogi, que desde outubro do ano passado, mês em que a Verde Alagoas assumiu a administração da água, enfrentam escassez do produto.
Os habitantes de São Bento passaram a receber seus talões de água em 2023; no entanto, todos estão com aviso de corte e com demonstrativos de inadimplência referentes aos meses de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023, isto porque a empresa não vinha tirando a leitura mensalmente, conforme determina o regulamento. A cobrança está sendo feita por média, perceptível porque os valores estão iguais; trata-se de ato ilegal já reconhecido pelo Tribunal de Justiça como superfaturamento.
Na noite da última terça-feira, centenas de moradores postaram em vídeo a qualidade da água: além de amarelada, barrenta, notou-se um alto teor de cloro que chega a cheirar mal. Enquanto isso, as autoridades assistem de camarote ao descaso da água em Maragogi. O código de defesa do consumidor também está inerte, e sobra débito para a população. Pessoas de baixa renda também estão sendo cobradas acima de quatrocentos reais. Aposentados com contas acima de mil reais, mas para ter água pra beber, só se for mineral, comprada a oito reais um garrafão no mercado.
A promotora de Justiça, Drª Francisca Paula, informou à nossa reportagem que os moradores prejudicados com essas contas devem juntar o maior número possível das contas, fotocopiar e levar para o Ministério Público para que as providências sejam tomadas.