Foto: LANCE!
Comandante interino do São Paulo, o técnico André Jardine armou o Tricolor para encarar o Red Bull Brasil no clássico esquema do 4-4-2. A formação nova surtiu efeitos positivos e, apesar do pouquíssimo tempo de treinamento, demonstrou que a equipe pode ter variações táticas ainda não vistas pelos torcedores nesta temporada.
A principal delas estava nas laterais. Mesmo com os dois reservas em campo, Bruno, pela direita, e Júnior Tavares, pela esquerda, o São Paulo demonstrou que pode usar mais os jogadores da posição para chegar ao ataque.
Durante a partida contra o Red Bull Brasil, os dois laterais tiveram liberdade para subirem ao campo adversário e criarem chances de gol para os atacantes e meio-campistas. Tanto que dos três gols do Tricolor na partida, dois saíram de jogadas por aquele setor do campo.
Com Dorival Júnior, o time sempre atacava pelos lados do campo, contudo, com os atacantes abertos pela ponta, o que facilitva a marcação adversária já que os laterais pouco subiam para não deixarem a zaga e o primeiro volante (geralmente Jucilei) descobertos.
Isto explica o fato do São Paulo ter tomado gol em apenas quatro partidas das doze primeiras desta temporada. A consequência da compactação defensiva era a falta de equilíbrio vista no ataque, que enfrentava constante dificuldades em fazer boas apresentações e marcar gols nos adversários (12 gols nas mesmas 12 partidas).
Ao fim da partida no Morumbi, Jardine confessou que o uruguaio Diego Aguirre fez alguns pedidos para o jogo do último domingo (11), como a escalação de Diego Souza e Caíque, e a ida do zagueiro Rodrigo Caio para o banco de reservas. O interino do São Paulo não deu mais pistas sobre o assunto, mas a postura do Tricolor em campo pode sinalizar que o novo técnico do clube deve promover as mudanças tão pedidas pelos torcedores.