O então secretário de educação João Macêdo, que antes de assumir a pasta da educação, era um dos maiores articuladores e instigador em paralisar as aulas quando o município não atendia o aumento salarial de acordo com o PCC (Plano de Cargos e Carreira), sentiu na pele no dia ontem, que aquilo que ele fazia com orgulho, hoje se tornou um pesadelo.
Titubeando, disse aos professores que o município não tem dinheiro para atender a classe e que o prefeito espera a tão sonhada bolada dos precatórios para quitar dívidas com os servidores. Sobre o PCC, o secretário reconheceu que este aumento deveria ter acontecido desde o mês de março, porém, espera uma decisão da equipe que informará qual a porcentagem que poderá ser acrescentada.
Outra reivindicação foi sobre a merenda escolar, que não atende mais a fome dos alunos, principalmente dos mais carentes que às vezes a própria merenda servi de café, almoço e janta. Está muito limitada a comida nas escolas, não adianta fazer propaganda que as escolas estão pintadas e com ar-condicionados, se o professor não está satisfeito e os alunos estão com fome. A professora Adriana que ensina na zona rural, questionou sobra as propagandas das cadeiras que a prefeitura expõem nas redes sociais, cheias de luxos, enquanto na zona rural o aluno ao levanta, é obrigado a levar o braço da cadeira quabrada.
Depois de muito conversa sem que o secretário pudesse esclarecer nada e nem quando será cumprido o PCC, as férias e o salário de dezembro/16, foram encerrados os debates com a esperança de que o prefeito Sérgio Lira, atenda o sindicato e os professores em seu gabinete o mais breve possível. No entanto, a professora Nelma Acioly, presidente do sindicato disse que não irá fazer jogo sujo indo as ruas pedir esmola para os professores, como também não irá usar da má fé paralisando aulas, porque os alunos não tem nada a ver com as irresponsabilidades dos gestores e não poderão ficar prejudicados.