Enquanto alguns políticos querem aparecer na mídia sem razão, no município de Maragogi existem razões mais que suficientes para a mídia mostrar as contradições de projetos que são aprovados em beneficio próprio, deixando de lado os mais necessitados e excluídos de uma das cidades mais ricas do Estado de Alagoas.
SÍTIO MARUIM
Sem fossas sépticas, a maioria dos moradores faz suas necessidades fisiológicas em sacos plásticos, e os dejetos são arremessados com frequência em manguezais e rios que banham a comunidade. Esse costume agride o meio ambiente constantemente, pois são centenas de pessoas que usam da mesma cultura. Quando a maré enche, todos resíduos lançados nos rios e manguezais são levados para a maré, desaguando mar adentro e expandindo a poluição por quilômetros.
“Aqui em minha casa tem uma pessoa doente, ele toma banho no quintal e as necessidades são feitas em sacos plásticos, e depois temos que jogar no mangue, pois não tenho banheiro.” Revela à senhora Maria Quitéria de 55 anos.
ALTO DOS SONHOS/ RISCA FACA
As famílias esquecidas vivem de forma sub-humana nessas localidades, morando em barracos de madeira ou lona preta sem banheiros ou qualquer outro tipo de estrutura. A pobreza domina um povo sofrido e ordeiro que foram abandonados pelo poder público desde a sua fundação.
As promessas para as melhorias no Maruim, Deda Paes e Alto dos Sonhos viraram um negócio lucrativo para os oportunistas que aparecem nas comunidades a cada quatro anos para tirar proveito da miséria, iludindo as pessoas com promessas em troca de votos. Foi o que nossa reportagem descobriu falando com vários cidadãos.