Quando falamos em água clara, não podemos confundir com água cara, pois é isso que está acontecendo no município de Maragogi, segundo polo turístico do Estado, onde as empresas públicas que abastecem o município não estão oferecendo qualidade no produto que é vendido por um preço altíssimo entre água e taxa de esgoto. As reclamações constantes são desde a cor embranquecida do produto, como também odor e salinidade.
Seja no inverno ou no verão, as reclamações não param. Ontem (20), por volta das 16h, uma moradora da Rua Antônio Zé Ferino, no Carvão, ao encher sua garrafa com a água da torneira, ficou estarrecida por não saber se era água ou leite, pois o produto apresentava uma cor branca, com cheiro desagradável e que segundo ela, as roupas também não ensaboam ao serem lavadas. “Tem dia que melhora, depois volta tudo novamente, Já fui à Casal e reclamei, mas os funcionários alegam que é por causa do tratamento.” Diz dona Enunciada, que não ficou convencida com os argumentos dos funcionários. “Se a água que abastece Maragogi não presta pra lavar roupas, imagina para consumo”. Finaliza a moradora.
Outro problema reclamado por populares vem do povoado de São Bento que pertence a Maragogi, pois a água distribuída pelo o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) apresenta quase as mesmas características, principalmente no verão quando as vazões nos poços diminuem. Porém, devido as constantes chuvas que caiu nos últimos meses, foi sanado por enquanto um problema referente a escassez no abastecimento, porque no verão, para encher uma caixa d’água, só com ajuda de pequenas bombas.
Quem está faturando mesmo com as falhas dessas empresas públicas responsáveis pelo abastecimento de água no município, são as empresas privadas, distribuidoras de água mineral, que suprem as necessidades do povo onde seus veículos não param de abastecer o mercado, que de acordo com os empresários, houve um aumento de 100% na venda do produto nos últimos tempos. “É triste você ter que pagar água, por precisar dela para uso diário, e ainda ter que comprar outro tipo de água para consumo. Aí fica a pergunta: E quem não tem condições?” Critica Maria Aparecida de 45 anos, moradora do pequeno povoado.