Maragogi, uma das cidades mais ricas do Estado de Alagoas, detém um orçamento anual de mais de 82 milhões de reais, fora os recursos próprios, e nunca mediu esforços para investir parte de tal montante em publicidade no intuito de demostrar competência a quem vem de fora. Outros seguimentos, porém, parece não receber a mesma atenção. A pequena cidade de 32 mil habitantes detém, além do charme e da elegância naturais, centenas de famílias no gueto que vivem abaixo da linha da pobreza, longe dos holofotes do poder público.
São homens e mulheres de vida digna, mas que não tiveram oportunidades ao longo de suas vidas em um país onde a desigualdade social é mantida como troféu pelos péssimos administradores do dinheiro público. Em pleno século XXI somos obrigados a nos deparar com este tipo de situação, criada, querendo ou não, pela decadência política e covarde assoladora dos municípios brasileiros.