Mais uma vez Maragogi alaga com temporal, mesmo sendo uma das poucas cidades do Brasil com o privilégio do saneamento básico. As galerias, sempre entupidas por falta de manutenção, são a principal causa do rápido alagamento de certas ruas, independentemente da quantidade de água.
Durante madrugada deste domingo para segunda-feira (14-15), Tanto a cidade como os Distritos foram tomados por enchentes, resultando em desespero e prejuízos entre famílias, sobretudo às moradoras dos conjuntos Deda Paes e Maruim, as comunidades mais vulneráveis no momento. Tais comunidades, esquecidas ao longo do tempo pelo poder público, não dispõem de nenhum tipo de infraestrutura; a maioria das casas é de taipa, por exemplo, e muitas delas foram erguidas na parte baixa do terreno, o que promove a inundação de qualquer volume de água em suas bases, vulnerabilizando-as e, por conseguinte, causando quedas.
Já em São Bento e em Peroba, não foram novidade os alagamentos, porquanto uma boa parte das ruas, desordenadas, impossibilita a passagem da água.
Também constituem problemas na zona rural as estradas, que não vêm tendo manutenção adequada, e os rios assoreados, que inundam rapidamente. Por isto, os vereadores Gera da Casa Monark e Euredes sempre cobram mais atenção do município.
Depois da circulação nas redes sociais de vídeos exibindo parte da zona rural embaixo d’água, o ex-vereador Jozemir Cavalcanti informou a nossa reportagem que uma cheia como a desta segunda-feira (15) aconteceu em 1970, chegando a levar uma aponte de 12 metros entre a fazenda Papagaio e Barra de Piaba, a qual ponte foi reerguida pelo seu pai, Joaquim Eugênico da Silva, com ajuda da Central Barreiros. O ex-vereador também relembra que na enchente de 2010 a mesma ponte foi 30% destruída. Com a enchente de ontem, ela foi totalmente coberta de água.