É notável o esforço do município litorâneo de Maragogi, segundo polo turístico do estado de Alagoas, de manter a cidade limpa. Nas redes sociais, os seus pontos turísticos são vendidos como cartões de visita.
Logo na entrada da cidade, a Praça dos Cabanos, local bem cuidado e bastante visitado, dispõe do nome MARAGOGI, que serve de instagramável para os visitantes. No início da Avenida Senador Rui Palmeira, na orla, um letreiro semelhante tem maior destaque, pois tem a bela praia como cenário de fundo.
Mesmo com toda atenção voltada para a orla, o centro da cidade tem as suas particularidades entre lojas, artesanatos, mercado, padarias e a Praça Santo Antônio, localizada em frente à Igreja Matriz.
Ou seja, a pequena cidade de Maragogi é bem cuidada tanto pelo poder público quanto pelos nativos, que se orgulham em dizer que são maragogienses.
Infelizmente, a beleza da cidade praiana está sendo encoberta pela poluição visual de várias empresas que prestam serviços através de fios e cabos: energia, internet, televisão e telefone. Avenidas inteiras, bairros e distritos são dominados por horrendos ninhos de cabos em cada poste, e nada foi feito até o momento.
Nem mesmo o templo da Igreja Católica é respeitado: quando sobem as escadarias, os fiéis quase são atingidos na cabeça pelos amontoados de fios. Tampouco varandas de alguns primeiros andares são respeitadas, os cabos invadem-nas, numa negligência que eleva o risco às pessoas que não conseguem distinguir fios de energia de fibras de internet etc.
Essa poluição visual já levanta debates no poder legislativo. Na última sessão da Câmara de Vereadores, o presidente Júnior de Jozemir enviou requerimento à mesa diretora solicitando a presença de um representante da Equatorial Energia. De acordo com informações, as empresas de internet pagam para usar os postes da Equatorial.
Acredita-se que o motivo desta poluição seja a falta de profissionais trabalhando na área, aliada à negligência de suporte necessário por parte das empresas.