É falho o candidato pretensioso que vai disputar uma eleição para prefeito em 2024, e afirma estar ainda longe do pleito. Este é o tipo de candidato aventureiro, que anda feito cego em tiroteio e que, caso eleito, será um desastroso administrador. Em política, a estratégia deve ser igual à de uma guerra, pois só terá sucesso aquele que se empenha a resolver as dificuldades antes que elas surjam.
Com o fim das eleições gerais, estará um passo à frente o candidato que já começar a buscar energias positivas em seu reduto, assim como em seus amigos, parentes e correligionários. Este caminho lento é uma tática que aos poucos neutraliza o espaço dos concorrentes.
A cidade de Maragogi é a mais cobiçada em Alagoas depois da capital Maceió: seu título de segundo polo turístico soa bem aos tímpanos do ávido, que se diz sensível à desigualdade no município e que por isso disputa as eleições ao cargo do Executivo. Em Maragogi, já são oito nomes que se prontificam à disputa: Júnior de Barra Grande, vereador Fio, João Ênio, professor Adriano, Paulo Nunes, Gabriel Vasconcelos, César Lira, além do ex-prefeito Marcos Madeira.
Eles têm a missão de quebrar os paradigmas estabelecidos pelos dois nomes anteriores, que o nativo adotou ao longo de quase trinta anos: Sérgio Lira e Marcos Madeira. Ao mesmo tempo que Sérgio Lira se despede do cargo, com quatro mandatos, Marcos Madeira continua na luta pelo terceiro mandato.
Dos nomes cogitados, quatro pertencem ao grupo de Sérgio Lira: Gabriel Vasconcelos, João Ênio, Paulo Nunes e César Lira, ligado ao deputado Artur Lira. Um deles terá apoio do atual prefeito.
O professor Adriano até o momento não definiu sua linha política, e pouco se sabe de sua ideologia. Já os vereadores Fio e Júnior de Barra Grande, ambos do MDB, se dizem oposição, sem deixar claro se seguirão carreira solo ou reforçarão Marcos Madeira novamente.
O próprio Marcos Madeira já foi gestor do município, tem sua parcela de contribuição e vários correligionários. Seu retorno à disputa será mais leve caso consiga apoios do governo do Estado e do deputado Marcelo Victor.
Tem-se portanto, uma pré-definição da conjuntura de Maragogi em 2024. Resta saber quem dará o primeiro passo, pois a política é uma arte, e os vitoriosos vencem antes de ir à guerra, diferente daqueles que primeiro vão à guerra e só então procuram a vitória.
O presidente eleito Lula é um exemplo de ir a guerra primeiro, para depois colher os frutos. Por isso planejamento com muita antecedência, é fundamental!