Barra Grande é um pequeno povoado pertencente ao município de Maragogi, cidade litorânea que fica a 130 km de distância da capital Maceió. O pequeno povoado, dois anos atrás, vivia exclusivamente da pesca, principal fonte de renda de onde a maioria da população tirava seu sustento. Dispondo das maiores belezas naturais da região, o pequeno povoado foi invadido literalmente por turistas e veranistas de todo o Brasil ao descobrirem um mar de águas claras e cristalinas longe de esgotos o ano inteiro, uma particularidade em comparação à praia de Maragogi.
Com muita oferta e pouca demanda, empresários visionários do ramo de turismo investiram maciçamente no pequeno povoado com seus empreendimentos entre pousadas, bares e receptivos para acomodar as diversas culturas dos visitantes que não param de chegar ao pequeno distrito. Todavia o fluxo de pessoas puxou para cima a economia, gerando mais emprego e renda para a comunidade, e a pescaria, que antes era o carro chefe da maioria da população ficou dividida entre uma renda e outra.
Lamentavelmente, a rua da praia onde estão localizados os empreendimentos vive tomada por buracos e lamas o tempo inteiro, principalmente quando chove, pois o riquíssimo município de Maragogi nunca fez nenhum tipo de planejamento para organizar seus povoados. Se, por um lado, o segundo polo turístico é ovacionado por suas belezas naturais, por outro, construções irregulares, buracos em ruas, lamas e esgotos a céu aberto são repudiados pelo contraste da irresponsabilidade dos gestores que fazem questão de demostrarem problemas míopes e de Alzheimer durante o tempo que ficam à frente do município.
Em seu terceiro ano de mandato, o prefeito por Maragogi, Fernando Sérgio Lira (PP), timidamente começou a calçar com paralelepípedos algumas pequenas ruas em Maragogi depois de vários requerimentos e apelações feitas por vereadores, que não se intimidam em sessão ordinária de cobrarem do poder executivo, trabalho e desenvolvimento para o povo. Tal pressão começou a surtir efeito; entretanto, não se espera que aconteça como aconteceu em uma rua transversal de 30 metros entre a orla e a Igreja Assembleia de Deus, onde foi iniciada manutenção em uma galeria, e já se passaram mais de dois anos, e que a “faraônica obra” ainda não foi concluída. Por esta razão, o descaso virou motivo de chacota entre vídeo e fotos exibidos por moradores como forma de repúdio e protesto.
Se a rua da praia em Barra Grande, onde estão localizados os principais atrativos do povoado, não é vista com carinho pelo gestor, imagina a rua principal que liga a rodovia AL 101 norte ao centro, onde o tráfego de veículos triplicaram devido ao grande movimento de turistas que buscam o bem-estar o tempo inteiro. Da ponte do centro até a frente de um colégio municipal, a terra batida ficou dividida entre um calçamento e outro, demonstrado a incapacidade de uma gestão a outra, pois nem mesmo requerimentos solicitados pelo o líder do governo na câmara para tais soluções, foram atendidas. Fica a pergunta no ar. Até quando o povo será explorado pelos impostos sem respaldo? Como resolver 100 metros de calçamento, encurtando assim, a distância entre o povo e a irresponsabilidade do poder público?