O governador Renan Filho anunciou, na manhã desta terça-feira (27), as novas medidas do decreto. De acordo com o governador, Alagoas segue na fase vermelha, mas com a desaceleração de casos da covid-19, o Estado resolveu retomar gradativamente alguns segmentos.
As novas medidas foram baseadas na queda do número de casos ativos e novos de Covid, além da redução da taxa de transmissão e ocupação hospitalar em Alagoas. De acordo com Renan, o comércio será liberado todos os dias da semana. “Eles vão funcionar durante toda semana, nos mesmos horários que o atuais (Centro até às 17h e shoppings até as 20h)”.
Além disso, foi autorizado o funcionamento de bares e restaurantes até às 16h nos finais de semana. Os calçadões, praias e marinas também estão liberados a partir do final de semana.
A restrição de horário a partir das 21h será mantida. “Isso tem ajudado a reduzir casos no Estado”. As academias podem funcionar aos sábados, mas com apenas 30% da capacidade, assim como os templos religiosos.
A entrega de feiras nos presídios não está mais proibida. Campeonatos esportivos não poderão ser realizados, mas jogos com duas equipes, até 25 pessoas, estão liberados.
Desaceleração em Alagoas
Pela primeira vez em meses, Alagoas apresentou uma queda na última semana, no número de casos confirmados e óbitos causados pela covid-19, segundo análise do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 (OAPPEC). As quedas foram de 12% nos casos e de 7% nos óbitos.
O movimento de diminuição nos casos foi observado na metade das regiões sanitárias do estado. A maior queda ocorreu na capital, com 29% a menos comparado à semana anterior. A 2ª Região Sanitária, por outro lado, apresentou o maior aumento, com um acréscimo de 70%.
Segundo o estudo, neste contexto, ainda é cedo para afirmar que a transmissão está controlada no estado, já que a literatura científica aponta que tais evidências devem ser observadas por um período mínimo de 14 dias para que se tenha uma situação de controle, além de uma taxa de ocupação de leitos de UTI abaixo de 70%. Os números de todos os indicadores também seguem acima dos observados no fim do ano passado, quando a transmissão se encontrava sob controle devido ao fim da primeira onda.