Um grande debate entre os parlamentares perpassou a Sessão Ordinária desta quinta-feira (06), sobre os transtornos que as chuvas causam em Maragogi e em seus povoados.
Com a presença dos onze vereadores, o presidente da Casa Everaldo Solana do Vasconcelos, Júnior de Jozemir, abriu a Sessão Ordinária. Na ordem do dia, realizaram-se os debates entre os vereadores sobre requerimentos, ofícios e projetos. Toda sessão foi transmitida pelo Instagram @câmara_oficial, ferramenta que possibilita interação entre o povo, por meio de mensagens em tempo real, interagir com os vereadores.
Foi o vereador Júnior de Barra Grande (MDB) quem levantou a questão que anda em voga entre os maragogienses, devido ao período por que a cidade passa: os alagamentos de ruas e de casas em poucos minutos de chuva. Isso acontece tanto na cidade como nos seus distritos, há muitos anos, sem contar com a zona rural que entra em colapso em todos os períodos de inverno. Júnior de Barra Grande apelou aos seus pares para que o poder público tome providências sobre o caso, pois, diz ele, as últimas chuvas fizeram com que quase um metro de água entrasse em algumas residências: “A cada ano a coisa fica mais séria, então peço que o município faça um levantamento para mapear as ruas que apresentam estes problemas todas as vezes que chove. Porque, quando a chuva passa e o sol reaparece, todos esquecem; e quando volta a chover, o problema retorna. Barra Grande está daquele jeito na Rua do Lemos, na Rua da Praia e na Cerâmica; Peroba, ruas também alagadas; Maragogi, na Rua da Colônia, Beco do Siri, Largo do Carvão e próximo ao 6° Batalhão; São Bento também com o mesmo problema. Eu recordo de que no Bairro Conjunto Evangélico tinha esse problema, mas foi calçado e o problema desapareceu. Vamos fazer um estudo, vamos arrumar uma emenda parlamentar”. O mesmo vereador teceu ainda elogios aos trabalhos realizados na saúde e educação, mas evidencia que o prefeito deve também trabalhar na infraestrutura da cidade.
Dani da Elba (PP) fez requerimento para o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, para que coloque em pauta para votação o projeto de Lei 5.256/2016, o qual trata da regulamentação da profissão de bugueiros. O vereador Pipo reforçou esta proposta, salientando que Maragogi possui mais de duzentos bugueiros e que várias famílias dependem dessa atividade. Dani finalizou dizendo que, com a regulamentação da profissão, os bugueiros terão direito de contribuir com INSS, além de outras benfeitorias. Dani da Elba informou que esteve no mês passado com o governador e teve conhecimento sobre o mapeamento das ruas que serão asfaltadas em Maragogi, inclusive a Rua do Cemitério em São Bento, e que o projeto “Vida Nova na Grota” trará asfalto na subida da Grota e em ruas paralelas.
O vereador Jailson Carnaúba (PSDB) relembrou dos requerimentos que já foram enviados ao município sobre o mesmo problema e disse que a solução partiria de uma fiscalização séria por parte da secretaria de infraestrutura, porque, de acordo com ele, “Maragogi está de um jeito que ninguém pode ver uma brecha”, pois construções irregulares acarretam no fechamento de saídas para as águas pluviais. A Irmã Mônica (PP), por sua vez, reforçou o abandono em que vive a Rua do Cemitério em Maragogi: “Sempre que chove a situação piora, porque, se chove, ninguém consegue subir pela rua. Acho que tem como resolver, já fiz vários requerimento e Manoel Lira prometeu e mostrou o orçamento para resolver aquela ladeira, mas nada foi feito, a situação está pior”.
O presidente da Câmara, Júnior de Jozemir, solicitou da prestadora de serviços de energia de Alagoas, a Equatorial, que justifique quais são os procedimentos pelos quais ela aplica multas aos consumidores de Maragogi, São Bento, Barra Grande, Peroba e zona Rural sem direito a ampla defesa; pois isto pode ser abusivo de acordo com o Código de Direito do Consumidor (CDC).
Ao final da Sessão, todos os requerimentos, ofícios e indicações foram aprovados por unanimidade, seguidos de dois projetos: um de autoria do vereador Fernando da Skol (PP), sobre o Jovem Aprendiz, e o outro de autoria de Jailson Carnaúba, que alterou dois artigos do projeto referente à licença ambiental. As multas que antes eram de até cinco mil reais agora passam a ser advertências.