Candidatos ao último concurso da Polícia Militar de Alagoas (PMAL) para o cargo de soldado, cuja prova foi aplicada no dia 15 de agosto de 2021, moveram uma ação popular que pede a suspensão do certame após indícios de fraude, como venda de gabarito. O advogado José da Silva Moura Neto pede o pagamento R$ 3 milhões a título de danos morais.
O pedido alega que o estado, assim como a empresa Cebraspe, banca responsável pela prova, cometeram “omissão lesiva ao patrimônio público e à moralidade administrativa”. O seguimento do certamente, segundo o advogado, colocaria dentro do seio da Polícia Militar alagoana fraudadores de concurso público, provavelmente ligados ao crime organizado. Assim, caso seja comprovada a fraude, a ação pede que seja determinada recisão de contrato entre o Estado de Alagoas e a Cebraspe; do contrário, pede que a Cebraspe reaplique as provas.
As suspeitas de fraude no concurso começaram na última sexta-feira (10), quando um homem identificado como Willamys Dias Soares, ao ser preso em Maceió por desacato, alegou que comemorava a aprovação no concurso da PMAL. Ele teria acerta 100 das 120 questões. Soares responde na justiça alagoana a processos por resistência e posse de drogas.
Por meio de nota, a Secretaria do Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) informou que aguarda o posicionamento do magistrado quanto à ação judicial e reforça que não há nada de concreto sobre o suposto esquema de fraude no referido concurso público. A Cebraspe afirma que não foi notificada sobre a ação.