Notadamente, o rigor na fiscalização do trânsito de Maragogi foi afrouxado com a baixa estação e no período de maior contágio epidêmico do novo coronavírus. Com a flexibilização, a cidade voltou a ser frequentada por pessoas do Brasil e do mundo, sobretudo nas festas de fim ano. Resultado: nas ruas, inúmeros veículos não respeitaram a sinalização de trânsito devido à falta de espaço para estacionar. Isso se dá porque Maragogi é uma cidade pequena e não foi projetada para receber a quantidade de pessoas que comparece para curtir o verão e passar as férias em um dos litorais mais belos do Brasil.
Em entrevista exclusiva, Rodrigo Lira, novo superintendente da SMTT, fala das mudanças que serão adotadas para desafogar o tráfego na cidade e as medidas adotadas para controlar outra situação no distrito de Barra Grande, menor ainda que a cidade e que foi um dos pontos turísticos mais movimentados nos últimos dias.
“Com a pandemia, o quadro de agentes de trânsito foi reduzido para oito pessoas por questões financeiras. Mesmo assim, o meu antecessor, Elias Noé, fez um brilhante trabalho, pois tinha disponíveis apenas seis agentes para controlar o centro da cidade e mais dois para as barreiras sanitárias. Hoje estou trabalhando com dezenove agentes e já demos uma incrementada no trânsito de Barra Grande e estamos fazendo mudanças aqui.” Diz Rodrigo. Ainda de Acordo com Rodrigo Lira, o problema de Barra Grande está relacionado ao número de receptivos erguidos nos últimos anos, pois os proprietários não se preocuparam com estacionamentos, e o povoado não está suportando o fluxo, o que se notou nos dias 01 e 02 de janeiro, quando a SMTT teve de fechar três vezes o povoado, não deixando nenhum carro entrar, apenas sair, para equilibrar o tráfego. Rodrigo também diz que, se a prefeitura não desapropriar uma área para estacionamento, a situação tende a piorar nos próximos meses.
Ele também revela que nos próximos dias um engenheiro de tráfego do DETRAN chegará para auxiliar a reorganizar no que for preciso o trânsito da cidade. De antemão, ele teme a falta de compreensão dos nativos, pois, segundo ele, não adianta um engenheiro determinar um local para colocar uma placa e ela ser arrancada, como está acontecendo, pois algumas vias públicas de Maragogi se tornaram privativas para alguns empreendedores. De sábado até esta sexta-feira, 7 placas que a SMTT colocou em algumas ruas foram arrancadas.
“Nós fomos bastante criticados por usar a praça de eventos como estacionamento, mas já imaginou Maragogi sem ela? Um local que não tem eventos com frequência serve para acomodar mais de 80 veículos rotativamente“, diz o superintendente. A SMTT ainda não tem poder de multar veículos; por esta razão, eles acionam policiais do 6° BPM para dar suporte. Rodrigo Lira também informa que os agentes que passaram no último concurso serão chamados nos próximos dias e que, mesmo assim, não assumirão os postos de imediato porque precisarão cumprir o curso de treinamento. Por fim, Rodrigo disse ter um desafio à frente, que é municipalizar o trânsito, e o sonho de montar uma base de monitoramento eletrônico mantida em parceria público/privado.