Os dois nomes políticos que se consolidaram e polarizaram as eleições no segundo polo turístico de Alagoas há décadas podem estar com os dias contados depois do resultado das urnas no dia 15 de novembro.
A cidade de Maragogi vem se alternando entre os nomes desde 1996, quando Sérgio Lira foi pela primeira vez eleito e administrou a cidade por dois mandatos consecutivos. Em 2004, Marcos Madeira chegou ao poder depois de derrotado duas vezes, e também assumiu por dois mandatos, além de fazer seu sucessor, mas devolveu as chaves da prefeitura a Sérgio Lira em 2016 depois outra derrota.
Por que esta polarização pode chegar ao fim? Se Sérgio Lira for reeleito no dia 15 de novembro, provavelmente será a sua última eleição para prefeito, restando apenas marcas históricas como um verdadeiro campeão de votos. Ao mesmo tempo, Marcos Madeira acumularia mais uma derrota, e fatalmente sairia desacreditado perante seus eleitores, de modo que o seu retorno ao poder se tornaria uma missão quase impossível. Diante dos fatos, seu pequeno grupo político seria dissolvido e seus integrantes passariam a apoiar novos nomes. Ainda por cima, caso Sérgio Lira seja reeleito, e continue respeitando o princípio da eficiência, mantendo a cidade limpa e os salários em dia, surgirá grandes chances de se deixar um sucessor, como também de chegar à assembleia legislativa, assim como o próprio Marcos Madeira conseguiu eleger seu primo Henrique Peixoto e seu filho Maquinhos Madeira.
Talvez Marcos Madeira não tenha percebido, mas esta eleição será decisiva para sua carreira e vida políticas.
A certeza que temos é que as décadas de disputas entre os dois nomes se encerrará em 2020. Se algum nativo tiver interesse em assumir a cadeira do executivo nos anos vindouros, que comece a engomar o paletó, porque Lira e Madeira serão apenas nomes guardados na memória dos eleitores.