Sem pirotecnia ou alarde, silenciosamente o povo de Porto Calvo desperta para as armadilhas eleitorais deste ano. Em cada visita, o candidato a prefeito Antônio Carlos (PMN), e sua candidata a vice-prefeita, Heverlane Carlos (PMN), tem se deparado com a declaração do voto silencioso do povo mais humilde da cidade.
“Eles passaram quase quatro anos intimidando, perseguindo e judiando de um povo que lamentavelmente aprendeu a sofrer”, descreve Antônio Carlos, ao sair de uma residência no povoado Lomba.
Em pleno século XXI, em uma terra rica em água, moradores da periferia – e do Centro – também, ainda andam quilômetros em busca de água potável. Esta realidade é facilmente constatada pela candidata.
“Não há explicação plausível para compreendermos essa situação de abandono. Do Caxangá à Mangazala. Do Oriente à Usina Santa Maria, mães de famílias vivem com potes de água na cabeça em busca de água, diariamente “, relata Heverlane.
Como se não bastasse a falta d’água, moradores ainda recebem a cobrança da prefeitura pela água que não chega nas torneiras. É o que diz a moradora R.S.S, 46, que deseja não se revelar com medo de ameaças.
“A gente convive com o medo, a falta d’água, poeira e lama” diz a moradora do conjunto Oscar Cunha.
Antônio Carlos e Heverlane afirmam que há iniciativas simples para acabar com a falta d’ água, ampliando reservatórios, aumentando capacidade de bombeamento e captação de água em locais estratégicos de Porto Calvo. Para acabar com a lama e poeira, basta sanear e pavimentar a malha viária da periferia e povoados.
“Tudo é questão de prioridade”, rebate o candidato a prefeito.