O Nordeste lidera a busca por viagens programadas no Brasil após a pandemia do novo coronavírus. A região é alvo de 21,8% das escolhas, seguida do Sudeste (19,8%), do Sul (9,6%), do Centro-Oeste (5,7%) e do Norte (3,4%).
Os números foram divulgados durante um seminário online (webinar) promovido pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) e que contou com a participação de especialistas da Universidade de Brasília (UnB).
O consenso é de que a procura por destinos nacionais deve marcar a retomada do mercado de viagens no Brasil após o fim da pandemia do novo coronavírus. Segundo um dos estudos, realizado em parceria com os laboratórios de Estudos em Sustentabilidade e Turismo (LETS) e de Psicologia Social da (LAPS) da UnB, locais no próprio país representavam 60% das viagens programadas por brasileiros para 2020.
A consulta ouviu 1.136 pessoas de todos os estados. Foi esse estudo que apontou que o Nordeste é alvo de 21,8% das escolhas, à frente das demais regiões brasileiras.
Já dados da Braztoa mostram que 70% dos operadores pretendem aumentar a oferta de destinos nacionais. Conforme pesquisa da entidade, 17% planejam iniciar vendas focadas no Brasil e 58% preveem a comercialização de viagens nacionais no segundo semestre.
Segurança
A necessidade de se garantir segurança e informações claras ao turista quanto a protocolos de higiene e limpeza foi um dos assuntos abordados durante o bate-papo online.
A professora Helena Costa, mestre em Turismo e líder do LETS, destacou a importância de iniciativas como o selo “Turista Protegido”, primeira etapa de um programa do Ministério do Turismo (MTur) que criará diretrizes sanitárias para as diferentes atividades do setor.
A transmissão também contou com a participação de Marina Figueiredo, vice-presidente da Braztoa, e das pesquisadoras Anastasiya Golets e Jéssica Farias, da UnB. O diálogo integra uma série de seminários virtuais da Braztoa, que discute o turismo no pós-pandemia. O projeto reúne diversos especialistas nacionais e internacionais do ramo para avaliar o atual momento de dificuldades e projetar cenários futuros em relação ao mercado de viagens.
Segundo a Braztoa, que consultou operadores entre 8 e 15 de maio, as vendas realizadas por 80% das empresas que conseguiram comercializar serviços em abril equivalem a, no máximo, 10% do registrado no mesmo mês de 2019.
Os dados também revelam que apenas 24% delas contrataram viagens com embarque até julho deste ano. O quadro indica perdas de 90% no faturamento do ramo no período, o equivalente a cerca de R$ 1 bilhão.
Com informações do MTur
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