O vereador por Maragogi Júnior de Barra Grande (SD), preocupado com a situação dos trabalhadores maragogienses que há dias estão em recessão por causa do novo coronavírus, cobra ações mais contundentes por parte do governo municipal devido ao alastramento da crise econômica causada pela pandemia que afetou com mais ênfase a vida dos trabalhadores autônomos.
O vereador ressalta que pequenas ações advindas do prefeito Fernando Sérgio Lira seriam mais fáceis de consumar devido à sua influência sobre autoridades e empresários de grande gabarito, que juntos poderiam fazer diferença perante a população mais carente do município não deixando faltar o alimento na mesa da população atingida pela crise. Júnior diz não entender por que o prefeito demora a buscar soluções, a unir forças e a transformar dinheiro de taxas em milhares de cestas básicas para os menos favorecidos.
“O povo não pode trabalhar e não deve correr o risco de ser contaminado; no entanto, o poder público tem a obrigação de cuidar dos seus munícipes. As pessoas passam a vida pagando seus tributos, então chegou a hora mais desejada da população, que é a de ver seus impostos convertidos em algo que amenize a fome do povo. Chegou a hora de transformar impostos em cestas básicas ou até mesmo em um tipo de bolsa, tipo “Bem viver” no valor de cem reais, prometido pelo prefeito na campanha anterior”, diz o vereador.
Ele acrescentou ainda que são lamentáveis e deploráveis as medidas tomadas pelo prefeito em seu decreto, que suspende os funcionários contratados e cooperados do dia 23 de março até 12 de abril. O membro da câmara afirma que a medida de afastar os funcionários por 20 dias foi carrasca porque eles ficarão sem seus salários no momento de maior necessidade. Continua dizendo que o prefeito acerta ao suspender as gratificações e reduzir em 25% o salário dos seus secretários, mas peca de forma desnorteada quando não anuncia a redução do seu próprio salário, assim como outros prefeitos estão fazendo.
Júnior de Barra Grande também informa que seria interessante que fosse realizada uma sessão extraordinária pelo poder legislativo, já que a câmara está em recesso, onde fosse levantando um debate com os demais vereadores e a sociedade civil organizada para que fosse explanada a real situação causada pela pandemia. Com isso, todos ficariam por dentro e buscariam soluções para os problemas com funcionários atingidos pelo decreto do prefeito e os trabalhadores informais.
“A cidade de Maragogi, diferente das demais, tem fontes financeiras mais que o suficiente para manter equilibrada a economia local. Lembremos que a prefeitura vem fiscalizando até vendedor de cocada. No carnaval, um exército de fiscais estava cobrando tudo entre ambulantes; a praça de eventos foi transformada em um grandioso estacionamento; as embarcações pagam taxas diariamente; ônibus de turistas pagam taxas de até trezentos reais; feirantes pagam taxas; desportistas pagam taxas para jogar no campo de futebol; isso sem contar com os pagamentos de ISS, taxa de Iluminação Pública, IPTU e ITBI. Portanto, fontes de renda não faltam em Maragogi”, argumenta o vereador.
Ele também diz que este não é o momento de focar em política e que a oposição e situação devem se abraçar em prol dos menos favorecidos. “Ninguém está descartado desta anormalidade nem de ajudar os mais carentes, que deve ser prioridade, seja com a união entre os poderes, como também ajudas vindas de empresas privadas. Com esta união, tudo será resolvido com mais agilidade.” O vereador também sugere que o judiciário e o Ministério Público façam parte desta coalizão para que os atendimentos das necessidades das pessoas sejam acelerados.
Para finalizar, o vereador Júnior de Barra Grande diz não descortinar outros meios de ajuda para o enfrentamento da pandemia, que não sejam a criação do programa “Bolsa Bem Viver”, idealizado pelo prefeito Sérgio Lira na campanha passada, e uma linha de distribuição de gêneros adquiridos no mercado local e custeadas pelas taxas e com o dinheiro que seria gasto com eventos na Mariscada, Festival da Lagosta e Emancipação Política: “Esta é a minha sugestão; também sugiro à câmara a redução dos salários de vereadores para ajudar os mais necessitados neste momento”.
Concordo com tudo