Com a presença de oito vereadores que compõem a Câmara Municipal de Maragogi e quórum suficiente, o presidente abriu a sessão para os debates na noite desta quinta feira (07) na casa Everaldo Solano de Vasconcelos. Depois de algumas explanações do vereador Júnior de Barra Grande (SD) e do vereador Dr. Jailson Carnaúba (PDT) sobre o petróleo e o decreto do prefeito Fernando Sérgio Lira (PP), o vereador Juninho de Jozemir, como é conhecido, saiu em defesa dos marchantes de Maragogi: segundo ele, os profissionais estão pagando uma taxa semanal para colocar combustível em um caminhão baú refrigerado agregado ao município.
Ele foi direto ao assunto: “Venho pedir através de requerimento explicações ao secretário de agricultura sobre o porquê que de um caminhão baú refrigerado que abastece de carne o município de Maragogi estar cobrando R$ 200,00 (duzentos reais) semanais aos marchantes, alegando que é para abastecimento, uma vez que o baú refrigerado está agregado à prefeitura por um valor equivalente a algo entre seis e oito mil reais mensais”.
O vereador Júnior de Jozemir explicou aos presentes em plenário que o referido caminhão se desloca semanalmente à cidade de Colônia Leopoldina para buscar a carne bovina, e mesmo a taxa sendo cobrada, acha muito difícil existir no contrato este acordo com a prefeitura para que o dono do caminhão exija o abastecimento aos marchantes.
Foi somente após a sessão da câmara que o vereador descobriu que o valor pago pela prefeitura ao caminhão agregado, ou seja, o “caminhão da carne”, não custa aos cofres públicos apenas os seis ou oito mil reais como foi citado, mas sim, R$ 12.500,00 (doze mil e quinhentos reais) mensais. Motivos que acentuam a irritação do vereador.
Matematicamente, caso se comprove uma fraude, o dono do “caminhão da carne” está embolsando R$ 13.300 (treze mil e trezentos reais) por mês.
O requerimento do vereador Juninho de Jozemir foi aprovado por unanimidade. Já o vereador Zezinho do Vane pediu cautela dizendo que o dono do caminhão pode não ter conhecimento desse dinheiro extra.
O vereador não soube informar à nossa reportagem, que acompanhou a sessão, a quem pertence o caminhão citado.
Entramos em contato por telefone com o secretário de agricultura, mas as ligações não foram completadas.