Professores da rede municipal de ensino da cidade de Maragogi, litoral norte do Estado de Alagoas, compareceram em massa na sessão da câmara de vereadores realizada na noite de ontem (22), ao descobrirem que o prefeito por Maragogi, Fernando Sérgio Lira (PP), conseguiu modificar o PCC da educação, prejudicando centenas de pais e mães de famílias. O PCC foi aprovado em dezembro do ano passado, mas, segundo lideranças, eles só descobriram as mudanças bruscas neste mês quando foram receber seus vencimentos e não constava na conta o quinquênio. Por esta razão, os professores analisaram o novo PCC junto com o advogado que defende a classe, descobrindo assim que os direitos adquiridos no passado foram cancelados. Por não estar em pauta o debate sobre o caso, mesmo assim, os professores participaram da sessão ordinária onde um projeto de lei que se trata de mais de 4 milhões de reais referentes aos precatórios que serão gastos pelo município, estava. Os professores se vestiram de preto em forma de protesto.
O desgaste dos professores com o gestor de Maragogi teve inicio ainda no ano de 2017, quando o mesmo não cumpriu o aumento salarial esperado e que era promessas de política. Contudo, a situação se agravou mesmo quando os 37 milhões de reais do Precatório entraram no município. Então, por questão de segurança, os professores bloquearam os 60% do valor na justiça, devido a um projeto obscuro enviado à câmara municipal, em que os mais de 37 milhões de reais poderiam ser gastos pelo município da forma que o prefeito entendesse. O projeto foi analisado pelos vereadores, porém, eles foram cautelosos devido a centenas de processos judiciais que envolvem todo o montante. Após a notoriedade do caso na imprensa, o prefeito retirou o projeto da câmara.
No entanto, em seguida, contratou um escritório de advocacia e conseguiu derrubar a liminar dos professores concedida pelo Juiz da Comarca de Maragogi, Diogo de Mendonça Furtado, que já teria marcado uma reunião com as partes para um possível acordo do rateio em 07 de julho do ano passado. Mesmo assim, o gestor continuava dando entrevistas informando de que estava de acordo com o rateio para os professores, mas que iria esperar uma decisão judicial. Já o advogado dos professores pediu que a justiça desse continuidade à reunião que estava marcada para o dia 07 de julho/18, mas o juiz indeferiu o pedido por não haver interesse por parte do gestor municipal.
Os professores compareceram de preto ontem (22) na sessão da câmara de vereadores como forma de protesto ao projeto que tramita na casa, tratando da liberação de mais de 4 milhões dos precatórios referente aos 40% que pertence ao município. Entretanto, o projeto não foi aprovado por não ter sido apreciado pela comissão de orçamento, ficando assim para ser aprovado na próxima sessão. Já os professores que se fizeram presentes, informaram que um dos líderes irá se inscrever na próxima sessão para debater os direitos da classe que foram cancelados.