O deputado Jair Bolsonaro (PSL) manteve a liderança da corrida presidencial após o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão e o atentado que sofreu na semana passada, de acordo com a nova pesquisa realizada pelo instituto Datafolha.
Na pesquisa anterior do Datafolha, realizada em 20 e 21 de agosto, antes do início do horário eleitoral, Bolsonaro tinha 22% das intenções de voto. A oscilação observada desde então está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Quatro candidatos aparecem empatados em segundo lugar, dentro da margem de erro. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem 13% das intenções de voto, a ex-senadora Marina Silva (Rede) está com 11%, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) aparece com 10% e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), com 9%
Vice da chapa inscrita pelo PT com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente, Haddad deve ser indicado como seu substituto nesta semana. O Tribunal Superior Eleitoral vetou a candidatura de Lula e estabeleceu prazo até esta terça (11) para que o PT o substitua.
O nome de Lula, que apareceu à frente nos levantamentos anteriores do Datafolha, não foi incluído desta vez nos cartões da pesquisa estimulada, em que os pesquisadores exibem aos entrevistados a lista de candidatos.
Na pesquisa espontânea, em que os eleitores expressam sua preferências sem estímulos dos entrevistadores, o apoio a Lula caiu de 20% para 9% após o início da propaganda na televisão, em que o PT só foi autorizado a apresentá-lo como apoiador.
O Datafolha entrevistou 2.804 eleitores de 197 municípios nesta segunda (10). A pesquisa foi realizada em parceria com a TV Globo. O primeiro turno das eleições está marcado para 7 de outubro, daqui a quatro semanas.
O novo levantamento mostra que Bolsonaro é o candidato com maior rejeição hoje. Segundo o Datafolha, 43% dos eleitores dizem que não votariam de jeito nenhum no capitão reformado do Exército. A resistência é maior entre as mulheres (49%), entre os mais jovens (55%), entre eleitores com curso superior (48%) e no Nordeste (51%).
A alta rejeição explica o mau desempenho de Bolsonaro nas simulações feitas pelo Datafolha para o segundo turno da disputa. De acordo com os cenários estudados, ele perderia para Alckmin, Marina e Ciro e chegaria à segunda rodada da eleição empatado com Haddad se ela fosse realizada hoje.
A pesquisa mostra também que a vantagem de seus adversários sobre ele em algumas dessas simulações aumentou. Se o segundo turno fosse hoje, Alckmin e Marina teriam 43% no confronto com Bolsonaro, Ciro alcançaria 45% e o capitão oscilaria entre 34% e 37%.
A disputa seria mais acirrada se Bolsonaro chegasse ao segundo turno com Haddad. Se fosse hoje, o candidato petista teria 39% e seu adversário, 38%.
A pesquisa está registrada no TSE com o número: BR 02376/2018. O nível de confiança é de 95%.
FONTE:TNH