Luiz Barroso, dono de uma pequena distribuidora de botijão de gás, situado no conjunto Deda Paes, popularmente conhecido como risca faca, saiu neste domingo (19), por volta de meio dia para dar um banho em seu cavalo e deixou três menores jogando dominó e cuidando dos botijões de gás. Pouco tempo depois, foi chamado as pressas porque o seu estabelecimento tinha sido invadido por uma guarnição do Pelopes (Grupo de Operações Especiais).
Ao chegar, se deparou com os menores agonizando devido à inalação de spray de pimenta usado pelos policiais, como também visíveis hematomas espalhados pelo o corpo dos jovens possivelmente pela truculência investida pela polícia. A mãe de Luiz Barroso foi questionar o porquê de tanta violência contra os jovens, mas uma policial começou a usar palavras de baixo calão. Todos os policiais gritavam usando palavrões dos mais baixos níveis e constrangedores. Relata os jovens.
Luiz Barroso se dirigiu até o 6° Batalhão para saber se existia alguma ordem judicial para que o estabelecimento dele tivesse sido invadido pela guarnição comandada pelo tenente Freitas, como também prestar queixa da bagunça que foi deixado depois que vasculharam tudo, inclusive até a carteira de dinheiro estava revirada no qual desapareceu cento e trinta reais da venda de alguns botijões de gás, porém, ninguém disse nada. Na sequencia Luiz Barroso foi até a delegacia de polícia para prestar queixa, entre tanto, a polícia civil pediu que ele voltasse na terça (21), porque o delegado estaria de plantão. Relata o dono do comércio.
O ex-vereador Jozemir Cavalcante que é primo de Luiz Barroso, também se irritou com o ato abominável dos policiais, que de acordo com ele, a polícia tem que distinguir dentro de uma comunidade quem é trabalhador e quem é bandido, pois esta ação da polícia foi muito amadora, inconsequente e de pessoas despreparadas à frente de uma guarnição. Jozemir falou que dará total apoio ao seu primo para que estes absurdos não aconteçam mais, e essas denúncias irão chegar ao conhecimento do Ministério Público e da Corregedoria Geral. Finaliza o ex-vereador.
O tenente Freitas disse que a favela do risca faca é conhecida pelos problemas com o tráfico de drogas e que ao se aproximarem, foram recebidos a tiros pela parte alta do risca faca, no entanto, os meliantes correram para a parte baixa, então a guarnição encontrou os jovens próximo ao estabelecimento de venda de gás e na abordagem os três estavam portando armas branca. As abordagens são legais, e que estas outras acusações, alguém terá que provar. Relatou o tenente Fretas.
A mesma Guarnição comandada pelo tenente Freitas, dia (09) também foi acusada de ter atirado com bala de borracha em um cidadão na orla de Maragogi que foi defender seu filho em um momento de abordagem.
O comandante do 6° BPM, major Palmeira disse em nota que em virtude das notícias veiculadas nas redes sociais, não pactua com qualquer tipo de abuso de autoridade, nem com desvios de conduta, porém antes de qualquer julgamento precipitado, deve-se primar pelo princípio da imparcialidade, dando aos policiais o mesmo direito da ampla defesa e do contraditório.