Aconteceu nesta quinta feira (02), na sede da pastoral da criança uma audiência pública referente aos Precatórios do Fundef. Estas audiências que são encabeçadas pelo Deputado Federal JHC e outras organizações, já foram realizadas em vários municípios com o intuito de esclarecer dúvidas explicando de forma mais aprofundadas que os 60% do dinheiro depositado nas contas dos municípios, pertencem aos professores e não aos prefeitos.
Mais de cem professores compareceram a audiência, como também líderes de classes, sindicato, vereadores, advogados e o chefe de gabinete do Deputado que o representou devido sua ida a Brasília com urgência por questões partidárias. O vereador Júnior de Barra Grande e a irmã Mônica, que estão acompanhando as audiências públicas referentes ao caso, se mostraram mais uma vez solidários aos professores, dizendo que irão até o fim, mas só ficarão satisfeitos, quando os professores receberem o que são deles de fato e de direito.
Os advogados explicaram que os valores do Fundef continuam bloqueados e que alguns prefeitos estão se apegando a um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) elaborado pelo Ministério Público Federal que em uma de suas cláusulas proíbe o rateio, mas que os valores sejam 100% gastos com a educação de forma mais fiscalizados. Também os prefeitos que não querem ratear o dinheiro esperam por uma decisão do Tribunal de Contas, mas esses órgãos não tem o poder de decisão devido os vários recursos impetrados na justiça. Os advogados deixaram bem claro para todos, que mesmo com uma decisão em desfavor a classe, o dinheiro continuará bloqueado, pois só a justiça tem o poder de liberar e decidir o destino dos recursos daqui pra frente.
Um dos pontos mais aplaudidos foi quando uma vereadora de Porto Calvo que também é professora questionou sobre o dinheiro que antes pertencia aos professores, e agora por ser um montante maior devido erros de repasses, não pertence mais. Vários professores que estavam na plateia se pronunciaram e depois de tudo esclarecido, a audiência foi encerrada, entre tanto, os professores foram inspirados a lutar por seus direitos.
O repórter Maragogiro perguntou a uma professora de Peroba o que ela tinha achada da audiência, e a mesma disse que não tinha dúvida nenhuma sobre o assunto, mas não entendia por qual motivo o prefeito de Maragogi, Sérgio Lira, faz questão de não querer dividir o dinheiro do povo, e entre os 102 municípios de Alagoas, parece que só ele e mais uns dois são contra. Por motivos de represália ou perseguição, o Site Maragogiro, preferiu não revelar o nome da professora.