Maragogi, uma das cidades mais importantes do Estado de Alagoas, entrou em calamidade pelo péssimo serviço das empresas públicas responsáveis pelo abastecimento de água e energia.
Moradores não se cansam de apelar nos meios de comunicação e nas redes sociais, contra o desserviço da CASAL (Companhia de Saneamento de Águas e Esgoto de Alagoas) e da Equatorial Energia. Todos percebem a desproporcionalidade entre as partes: as empresas podem cortar o abastecimento no caso do cidadão atrasar o pagamento; porém, não sofrem sanção alguma delas quando deixam de abastecer os fornecedores.
Enquanto os prejuízos só aumentam em Maragogi, devido às fortes chuvas das últimas semanas, as autoridades cruzam os braços como se nada ocorresse, ainda que saiam prejudicadas também. O prejuízo só não é maior porque os donos de pousadas e hotéis, detentores do maior poder aquisitivo, protegem-se com geradores, cisternas e poços particulares.
Na noite desta segunda-feira (6), por volta das 21h, a energia desapareceu da cidade e levou junto o abastecimento de água, tudo em meio a chuvas incessantes, transformando em desespero a vida de muitos maragogienses, que tentavam impedir que a água invadisse suas casas.
A falta d’água seguida à falta de energia implica que nem a CASAL nem o SAAE têm geradores, e o resultado só pode ser caótico, como foi a noite desta segunda-feira.
Energia e água voltaram na manhã desta terça-feira (7). Os habitantes puderam observar as ruas da cidade, quase todas alagadas.
Já que as autoridades assistem de camarote ao caos dessas empresas, espera-se que um PROCON seja implantado, não para resolver o caos, mas para amenizar o descaso das empresas públicas no segundo polo turístico de Alagoas.