No dia 12 de janeiro de 2022, o maragogiense João Crispim da Conceição sofreu um grave infarto e teve de ser encaminhado de helicóptero ao Hospital Geral do Estado (HGE) em Maceió.
Segundo Rafaela Oliveira, filha de João Crispim, ele teve de passar por um cateterismo, que constatou a necessidade de mais duas cirurgias: uma Valvuloplastia, para corrigir um defeito numa válvula do coração e acertar a circulação sanguínea; e uma Ponte de Safena, que envolve a retirada de um ou mais segmentos de veia safena da perna, seguida de sutura (anastomose) de uma das extremidades da parede da aorta, e a outra extremidade ao segmento de artéria coronária subsequente ao local da obstrução, realizando assim, um “desvio”.
Rafaela relata que, à espera das duas cirurgias há quase três meses, sua família passa por uma situação angustiante. Segundo ela, João já tem autorização de transferência para o Hospital Santa Casa, em Maceió, desde o dia 31 de janeiro, porém o hospital alega não ter a válvula necessária para as cirurgias.
Indignada, Rafaela reclama que estão à mercê de um sistema precário de saúde, que simplesmente alega não ter os equipamentos para a realização das cirurgias e não busca nenhuma solução para o problema. “Enquanto isso, meu pai está à beira da morte”, lamenta.
A filha apela para que as autoridades tomem uma providência e realizem as cirurgias do seu pai, antes que o pior ocorra devido à negligência médica. No mesmo quarto onde João espera, uma senhora morreu esta semana, também aguardando por um equipamento para cirurgia há mais de quatro meses.
Fonte: TribunaHoje